quinta-feira, 7 de outubro de 2010


Lembro que eu tinha dito que quando tu era ausência eu me tornava sobras, mas sabe que nesses últimos dias andei reparando que me sobram coisas boas? Perdemos, perdemos muito, mas cheguei à conclusão que não tenho o direito de me menosprezar dizendo que quem perdeu mais fui eu. Isso não é verdade. O que eu mais queria era que as coisas mudassem e isso finalmente aconteceu, mudaram pra mim e mudaram pra melhor. E de bom grado, sem ironias, sem falsos votos, quero que mudem pra ti também, coisas boas, vida linda. Um dia tu vai entender que isso que tu sente pode ser tudo, menos o que tu pensa que é. Guarde uma lembrança boa de mim, pois é o que eu vou guardar de ti. Lembranças.
Nós não vamos saber como essa história termina, porque tu teve medo de começar ela. Lembre-se, o medo foi todo teu. Mas tudo bem, talvez um dia tu aprenda a não ter medo de tentar.
E eu? Eu... Sinto muito, por não sentir mais nada.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

"Eu sei que uma outra deve estar falando ao seu ouvido palavras de amor como eu falei, mas, eu duvido que ela tenha tanto amor e até os erros do meu português ruim e nessa hora você vai lembrar de mim... Eu sei que esses detalhes vão sumir na longa estrada do tempo que transforma todo amor em quase nada, mas quase também é mais um detalhe. Um grande amor não vai morrer assim, por isso, de vez em quando você vai lembrar de mim.''

terça-feira, 5 de outubro de 2010

[...] sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo, meu Deus...como você me doía! De vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme...só olhando você, sem dizer nada só olhando e pensando: Meu Deus, mas como você me dói de vez em quando!
 Caio F. Abreu

domingo, 3 de outubro de 2010


Ele me ligava todos os dias... Pela manhã me acordava com aquela voz macia me desejando um bom dia, após o almoço para ver se eu tinha me alimentado bem, à tarde para ter certeza que eu não havia morrido de tédio naqueles meus dias sem fazer nada, e a noite para me desejar bons sonhos. Mais do que falar ao telefone quando não estávamos perto um do outro, trocávamos mensagens o dia todinho, como se sempre tivéssemos algum assunto pendente, como se sempre faltasse falar alguma coisa, e talvez, realmente tenha faltado, a mim ou a você... Acho que foi falta. Eu tentei apagar as memórias, tentei dar um jeito em todas as lembranças, rasgar as cartas, apagar as fotos, as mensagens... Pena que não tenho como te arrancar do meu coração. Talvez eu tenha sido o que você esperava. Talvez não... E vice-versa.

Meu telefone nunca mais tocou.